A relação do conhecimento com os Diplomas


Há muito tempo na história do mundo, no mundo das ciências e tecnologias, das descobertas e invenções, o que se levou em conta muito mais do que diplomas e certificados foi o conhecimento, a inteligência e uma coisa precisa ser dita logo de início, aliás, duas coisas e são elas: Primeiro, diploma ou certificado não é sinônimo de inteligência ou conhecimento, bem como formação e informação são coisas distintas; Segundo, Diploma ou certificado não é desprezível, se houver a oportunidade de cursar algo e ser diplomado/certificado, faça, a questão aqui não é essa, é algo além.
Pois bem, dadas as ressalvas iniciais vamos avaliar algo (estou considerando a ótica naqual eu estou inserido, uma percepção à partir das minhas experiências, ok). Desde a infância, a criança é alvejada com a seguinte pergunta "O que você quer ser quando crescer?", a princípio é natural se pensar na perspectiva futura, até para as crianças atiçar a criatividade, mas quando se segue para a escola, ela é submetida a um critério baixo de conhecimento, que é a nota da prova, ou seja, não interessa o quão alimentado seja sua mente desde que você acerte as questões da prova conforme o gabarito sugere, isso porque as provas estão mais nas questões alternativas do que nas descritivas. 
Passado esse processo, a pessoa chega no período de estudar para o vestibular e agora ela tem que se preocupar com duas coisas, uma é a pressão que foi colocado nela na infância e a outra é a submissão do QI a um número X de acertos para tal curso. Não bastasse isso, que diga-se de passagem são coisas que jancausam problemas demais psicologicamente, a pergunta "O que você quer ser/Qual curso quer fazer" vem acompanhado de uma justificativa que, dentre tantas outras esta foi escolhida para colocar um dilema, e qual é a justificativa? A justificativa para o curso que você escolheu, que você fez os preparativos e a prova é "Isso dá pouco dinheiro". Veja, o dinheiro é importante, tem de se pensar no ROI (Return Of Investment), é necessário pensar em como usar o que foi aprendido ou que será aprendido, como usar a profissão para construir um bom patrimônio, mas isso não é mais importante do que a pergunta "Você se vê nesta profissão, nesta área?", essa sim é fundamental, porque isto está afetando a trajetória da sua vida.
Passadas essas coisas, aqui mora um grande perigo, o de quem já se formou, porque se o indivíduo passar a achar que conhecimento e diploma são sinônimos, ele irá medir mal as pessoas, seja positivo ou negativamente. Há pessoas que conhecem muito de um determinado assunto mas não possui formação naquilo, outras no entanto, correram atrás de multiplicar o número dos Diplomas mas não possui informação adequada, conhecimento apesar da formação. 
Medir a inteligência de alguém pela simples razão dele ter ou não um diploma é a mesma coisa que medir a inteligência de alguém pelo simples fato de ele ter tirado um 9 ou 10 na prova, ou seja, é um critério ruim porque está deixando de lado o conhecimento obtido e desenvolvido, deixando também passar a possibilidade de ele ter colado na prova ou nas provas, e sinceramente, deixar essas variáveis passarem batidos é tão prejudicial e cruel porque você passa a tratar como igual ou inferior as pessoas pelo critério que, isoladamente não diz muita coisa. 
Há coisas, funções que você não precisa de um diploma para exercê-la, por exemplo, você não precisa de um diploma para ser um filósofo, basta começar a pensar, o mesmo vale para música, artes, etc. 
O diploma, o certificado é uma gratificação conquistada, não é uma régua social.
Lembre-se sempre que ética está impressa no caráter, diploma por sua vez, no currículo. Afinal, quem sempre buscou expandir as áreas do conhecimento se adaptou às mudanças do tempo, agora, após a era dos computadores, qual a validade do obsoleto certificado do curso de Datilografia, por exemplo? É está a conclusão que busco ter como filosofia "Buscar expandir as áreas do conhecimento tantas quanto possível e não obter um diploma apenas para mostrar como rótulo de formado".
"O conhecimento prova-se a si mesmo, não precisa de um diploma que o confirme. O diploma, no Brasil, é tão prezado porque dispensa o seu portador de provar conhecimento." - Olavo de Carvalho
Sempre que possível, seja um sábio diplomado mas nunca um ignorante graduado.

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