Páscoa de Charis


Definir GRAÇA somente na perspectiva da semântica e da etimologia, é pouco, não porque não há valor nisso, muito pelo contrário, se trata muito mais de uma compreensão axiógica da graça com um choque existencial. 
Por mais que você se reconheça como alguém que tende ao grupo de conhecimento de humanas, em algum momento você se interessou por assuntos da física, mais especificamente, astrofísica.  Talvez você tenha se interessado pelo eclipse solar, viagem à lua ou ainda a mais recente observação do buraco negro e seu horizonte de eventos, fato é que, estudar minimamente sobre esses assuntos nos mostram o quão pequeno somos ante ao que há ao nosso redor.
É muito bonito a proposta da linha arminiana da soteriologia,  acreditar que podemos conquistar a salvação é algo bonito e de certo modo empolgante, porém, não há sustentação. Se de algum modo, por menor que seja, eu merecesse a salvação, não seria necessário o sacrifício vicário de Jesus. Para que Jesus tenha a eficácia em seu sacrifício para nós salvar, é indispensável que nós não possamos sair da condenação.
E com um ar de provocação, eu questiono a arrogância que nós temos ao tentar conquistar Deus de algum modo. Deus é tão poderoso que criou o universo apenas falando, Deus é tão poderoso que elementos como tempo, mortalidade, espaço, etc são desprezíveis para Deus. Deus é suficiente no sentido mais pleno possível, não sente fome, não sente sede, sono, cansaço, etc. Logo, eu pergunto, o que poderei eu, pecador, condenado, errante, mortal oferecer algo a Deus? O que eu posso oferecer que Deus já não tenha em níveis de perfeição?
Convenhamos, portanto, que Deus não tinha obrigação nenhuma de nós salvar, absolutamente nenhuma. Definitivamente não há nada que eu possa retribuir tal feito. O que me resta de feitura, é apenas obedecer tal graça, eu não mereço em nenhuma instância e mesmo assim ele me salvou.
Crer em Deus e professar fé em Jesus Cristo, é ser honesto consigo mesmo. Eu não deveria nem estar vivo, Ele me amou.
Deus pra mim não é, de nenhum modo, uma conjectura abstrata, Deus pra mim é uma realidade, e uma realidade objetiva.
Minha natureza é má, cruel, obscura e horrenda, se há alguma bondade em mim, é trabalho da natureza do Salvador.
Graça é muito mais que uma definição de "Favor não merecido", graça é, em lato sensu "Nova vida não merecida". 

Comentários

  1. Ter uma conjectura abstrata de Deus é algo fútil, acreditar que tudo é uma merda coincidência se torna a beira da loucura, como tudo seria por acaso em todas as circunstâncias que temos informações para analisar, física, científica e biologicamente falando, 1 centímetro para direita ou esquerda, 1° para mais ou para menos, a rotação mais rápida ou mais devagar, tudo isso nós mostra a perfeição com a qual tudo foi criado e se é visto como obra do acaso, que acaso perfeito não?!
    Olhar para Deus e achar que podemos conquistar ou barganhar com Deus de qualquer forma é no mínimo audacioso ou podemos dizer prepotente.
    Deus é auto suficiente em tudo como foi muito bem relatado no texto acima.
    Precisamos entender e aceitar que nós não temos nada de atrativo ou melhor nada em nós se faz interessante para Deus, somos apenas criaturas, Deus em sua plenitude resolveu nos amar, somos objetos sendo usados por seu detentor, logo a nossa carreira acaba, logo ele usará outro em nosso lugar, pois chegará o dia de nossa partida e se nos foi permitido celebrar e cear com nossos irmãos na nova Jerusalém foi por simples e ouro amor.
    POIS DEUS, YAHWEH, O ETERNO, NÃO PRECISA DE NÓS PARA NADA, SOMOS INSTRUMESTADOS USADOS OARA A SUA PRÓPRIA GLÓRIA!

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