Livros em geral, os de fantasia em especial
Os de fantasia são diferentes. Os de fantasia não são livros que você espera aprender, os de fantasia são um convite a se aventurar.
Eu amo os de fantasia porque, mesmo quando a alma está angustiada, os problemas em alvoroço ao meu redor, mesmo quando os dias são cinzentos, ao abrir um livro de fantasia, eu já não estou mais em minha cama, no meu quarto ou na minha casa. Eu posso estar no asteroide B-626, eu posso estar recebendo uma visita convidativa de um senhor de chapéu pontudo oferecendo uma aventura além do condado, eu posso estar entrando em um guarda-roupas e vendo um fauno com um guarda-chuva branco com algumas encomendas nas mãos. Eu posso estar em qualquer lugar, em qualquer aventura, com qualquer habilidade ou poder sobre-humano. Os livros em geral, mas especialmente os de fantasia me foram, são e serão um refúgio emocional, ouso dizer que se ainda não surtei, se ainda detenho alguma sanidade em ordem, se o psicológico está de certo modo em dia, são graças ao livros. Eu não leio simplesmente porque eu gosto, ( e não julgue mal, eu gosto de ler) eu leio porque eu preciso, é uma daquelas coisas que “não é terapia, mas é terapêutico”.
Nos momentos em que eu estiver num limbo emocional, muito provavelmente você não me verá em uma consulta psicológica, muito provavelmente eu não vou sequer ver gente, talvez você me veja em uma igreja, mas com a mais absoluta certeza eu estarei imerso em um mundo fantasioso, estarei lendo, estarei lendo fantasia, estarei lendo os encantos do universo, estarei lendo sobre nosso Senhor, lá, exatamente lá eu estarei, sentado ou deitado e lendo, seja no kindle ou livro físico, estarei lendo, ao me ver não me peça que saia deles, não me diga “Ei, volte ao mundo real”, apenas me ofereça um chá e coloque Ludovico Einaudi no aplicativo de música.
Estou dizendo tudo isso para que você não encare a leitura como um trabalho produtivo, para que você não diga “Poxa, não li Dostoievski ou Tolstoi, não posso me julgar um leitor”, não alimente pensamentos como “Esses livros são fantasiosos, não retratam a realidade, tenho que ler livros produtivos”, não, definitivamente não, você apenas tem que ler, simplesmente leia, leia livros produtivos, mas não só, leia romances, leia fantasia, leia psicologia, filosofia, leia gibis e HQ's, meu amigo, apenas leia. Leia para se aventurar, leia para chorar, leia para se emocionar, leia para se arrepiar, leia para ficar suspenso, leia para aprender, leia para viajar, leia para se encantar, leia para se curar, leia, apenas leia, leia para viver, leia para sobreviver, leia para sonhar.
Eu finalizo lhe dizendo que, eu garanto, com respeito à leitura e citando Gandalf “Definitivamente você não é mais o mesmo Hobbit que saiu do condado, meu caro Bilbo”.
Meu querido amigo... Que texto incrível, sensacional retratando não só a sua vida, mas a vida de todo e qualquer leitor, os livros sempre serão nosso refúgio, sempre serão a válvula de escape em qualquer situação, seja para nós fantasiamos e em meio ao caos rir por ver a Hermione corrigir o Roni por falar o nome do feitiço errado, ou seja para imaginar como é o nosso senhor lendo as palavras do grande Aslan, imaginando as cenas do imponente Drácula ou um Doutor maluco que pega um homem a Beira da morte, remenda ele todo e chama-o de Frankstein, o universo literário é incrível. E nós permite ser alguém, ainda que por pouco tempo.... Alguém fictício fora dessa louca e insana realidade.
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